E lá vem o Enem...
Publicado em Andei Pensando..., Educação, Relacionamento e Psicologia.
E lá vem preocupação...
Estranhamente, quer por pressão externa, cuidado excessivo ou mesmo por não compreender a importância do equilíbrio que deve ser buscado em situações de avaliação competitiva, muitos pais chegam a ficar mais ansiosos que os próprios filhos quando estão à beira de prestar assustadoras provas vestibulares e, em especial, as do ENEM pelo leque de possibilidades ofertadas e pela forma como suas questões são desenvolvidas.
Infelizmente, porém, nesse intuito de ajudar, sem perceber, muitos acabam atrapalhando, ao apavorar seus filhos, com expressões do tipo “essa é a tua grande chance” ou “a decisão de tua vida”.
Independente da concordância ou não com o caminho escolhido pelo filho (curso e/ou faculdade), a palavra-chave desse período deve ser companheiro o que é muito diferente de protetor ou disciplinador. Ser companheiro significa ser aquele que “come o pão junto”, andando, dialogando e sorrindo junto. Amenizar o estresse (evitando cobranças desnecessárias) e a ansiedade (pensando um dia de cada vez) também são atitudes que precisam ser exercitadas regularmente.
Nesse sentido, aqui vão algumas recomendações práticas: - O tempo de estudo não segue uma regra, mas precisa ser definido em uma conversa objetiva. Cada estudante tem seu tempo e forma, só não podendo se acomodar por desistência.
- Todo trabalho precisa de intervalos para descanso e lazer (quer bate-papo, internet, videogame ou atividade física). - A comparação com os resultados de parentes ou colegas via de regra gera mais irritação e desânimo, não funcionando bem como incentivo.
- O hábito de manter o celular sem som e distante alguns metros, vem sendo muito recomendado para não haver quebra constante da atenção. A dica é estabelecer períodos de hora em hora para dar aquela olhadinha nas últimas postagens e notícias.
Essa dica é importante também para os próprios pais. Nunca nos esqueçamos que antes de vencer o ENEM ou outras avaliações formais, cada pessoa precisa vencer suas próprias inseguranças, dificuldades ou limitações...
E que o tempo correto de cada vitória não nos é permitido saber por antecedência.
Avaliações não existem para gerar conflitos familiares.